Salve, salve, nação tricolor!
Já falei aqui no blog sobre
alternativas para utilizar o quarteto Lucas, Oscar, Luciano e Calleri,
mas hoje quero abordar as dificuldades que Zubeldía enfrenta para lidar com
essa situação.
O problema vem de antes
Tudo começou em janeiro de
2024, quando Tiago Carpini assumiu o São Paulo após a saída de Dorival Júnior
para a Seleção Brasileira. O time de Dorival, campeão da Copa do Brasil, herdou
do São Paulo de Rogério Ceni características de entrega e intensidade na
marcação. Embora tecnicamente limitadas, essas equipes eram muito competitivas
e conseguiam dificultar a vida dos adversários.
A maior prova disso foram as
campanhas nas Copas: em 2022, eliminamos o Palmeiras na Copa do Brasil
onde paramos na semifinal e chegamos à final da Sul-Americana; em 2023,
vencemos a Copa do Brasil eliminando Palmeiras, Corinthians e Flamengo. No
entanto, essa intensidade tinha um preço: nos pontos corridos, o time não
conseguia manter o mesmo nível e acumulou campanhas ruins no Brasileirão.
O desafio de mesclar
entrega e qualidade
Para tentar equilibrar essa
entrega com mais técnica, a diretoria reforçou o elenco em 2024,
trazendo jogadores como James Rodríguez, Ferreirinha, Erick, Bobadilla e
Luiz Gustavo, além de recuperar lesionados como Galoppo, Ferraresi, Igor
Vinícius e Moreira.
Carpini, e depois Zubeldía,
montaram a equipe ao redor de um trio intocável: Luciano, Lucas e Calleri.
Esse trio passou a ser a base da escalação, e os treinadores passaram a tentar
diferentes peças ao seu redor para encontrar um equilíbrio – sem abrir mão dos
"intocáveis".
Testaram Rato, Nestor,
Ferreirinha, mudaram volantes, laterais, zagueiros..., mas o problema
permaneceu. O resultado? O time se saía bem contra adversários que jogavam e
deixavam jogar, mas contra as melhores equipes do país, o Top 5 do
Brasileirão, não venceu uma única vez, com exceção do Flamengo no Morumbi –
e contra os reservas. Além disso, ao contrário de 2023, sucumbiu nas
quartas de final das Copas.
A perda da intensidade
As principais mudanças táticas
em relação ao time de Dorival foram as entradas de Luciano e Ferreirinha
nas vagas de Nestor e Wellington Rato. Isso enfraqueceu a marcação no
meio-campo, e muitos atribuíram essa queda às ausências de Pablo Maia e
Alisson, mas a verdade é que Luiz Gustavo e Bobadilla cumpriram bem suas
funções.
A situação poderia ter sido
ainda pior se tivéssemos mais um "intocável", como agora em 2025. Em 2024,
havia James Rodríguez, mas foi fácil se livrar dele. Agora, com Oscar, o
trio virou um quarteto, e a volta de Pablo Maia e Alisson
não parece suficiente para cobrir as fragilidades defensivas da equipe, contra
o Santos ontem tivemos um aperitivo.
O dilema de Zubeldía
Se Oscar e Lucas
fazem a diferença – como contra o Corinthians –, o time se destaca pela
qualidade ofensiva. Mas contra adversários mais físicos – como o Santos –, a
marca da equipe passa a ser a fragilidade defensiva. E nas Copas, isso pode ser
fatal.
Até quando Zubeldía insistirá
nos intocáveis? Não sabemos. Mas o sinal contra o Santos não foi bom. Mesmo com
um gramado pesado, em vez de poupar um dos quatro, ele manteve o quarteto,
viu que não estava funcionando e, ao invés de corrigir, sacrificou um volante e
recuou Oscar, abrindo um corredor para o adversário.
Fica a dúvida: ele não mexe
no quarteto por medo de perder o vestiário ou porque realmente acredita que
eles devem jogar juntos? Seja qual for a resposta, o cenário preocupa.
Essa é minha opinião sobre o
assunto.
Fiquem bem,
Guine
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