Salve, salve nação tricolor!

 

Hoje, voltamos a falar das finanças do São Paulo. Mesmo sem os números exatos, é evidente que a venda de William Gomes não será a última. O clube precisará negociar mais jogadores para equilibrar suas contas.

 

A venda de William não foi boa, mas era inevitável. Com o clube pressionado pelas dívidas, não houve margem para negociar melhor. O São Paulo vende mal porque precisa vender, tornando-se refém da própria crise financeira. Além disso, o FIDC limita os gastos com futebol, o que pode agravar ainda mais a situação.

 

O mau uso da base – e aqui Zubeldía tem sua parcela de culpa – também desvaloriza os jogadores. O caso de William é um exemplo claro: passou toda a temporada de 2024 no banco e, mesmo assim, despertou o interesse do Porto. O clube português enxerga um potencial que o técnico não viu. Se tivesse jogado mais, poderia ser vendido por um valor maior.

 

A ideia do fundo de investimento é válida e seria nossa forma de seguir o caminho bem-sucedido de Palmeiras e Flamengo, mas sua execução no São Paulo tem sido equivocada. Enquanto esses clubes passaram por um período de austeridade, reduzindo a folha salarial e apostando em um time mais barato, o Tricolor fez o oposto: manteve altos salários e ainda contratou jogadores como Oscar, Wendell, Enzo Díaz e, em breve, Thiago Mendes.

 

Se compararmos entradas e saídas, a folha salarial provavelmente se manteve no mesmo patamar de 2024 ou até aumentou. No ano passado, o déficit foi de quase R$ 200 milhões. Se o clube não reduzir drasticamente seus custos nem criar novas receitas, a única saída será vender ainda mais atletas.

 

O FIDC poderia ter sido uma ferramenta para recuperar o clube financeiramente, mas a escolha foi seguir um caminho arriscado. O São Paulo, sem ter estrutura para isso, mantém um elenco caro, com custos semelhantes aos de clubes já organizados financeiramente ou SAFs. O problema é que essa estratégia tem um preço alto.

 

Se não mudar sua postura, o Tricolor pode estar mais próximo do modelo do Corinthians – hoje o clube mais endividado do país – do que das gestões bem-sucedidas de Palmeiras e Flamengo.

 

Fiquem bem,


Guine.

 

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